segunda-feira, 12 de abril de 2010

Cientistas identificam possível novo ancestral do homem na África do Sul


Jonathan Amos
da BBC News

Um cientista da universidade de Witwatersrand, na África do Sul, anunciou ter descoberto fósseis de duas criaturas hominídeas com mais de dois milhões de anos, que poderiam ser o elo entre espécies mais antigas e as mais modernas, do gênero Homo, entre as quais está a de pessoas atuais.

Lee Berger afirmou à BBC que a descoberta, nas cavernas de Malapa, perto de Joanesburgo, foi feita por acaso em 2008, quando ele e o filho de 9 anos passeavam no local, identificado como um potencial sítio arqueológico graças a uma aplicativo do Patrimônio Histórico Mundial acoplado ao programa Google Earth.

A descoberta do Australopithecus sediba foi publicada na última edição da revista científica "Science", e os cientistas que assinam o artigo dizem que os esqueletos preenchem uma brecha importante no desenvolvimento das espécies hominídeas.

"Eles estão no ponto em que acontece a transição de um primata que anda sobre duas pernas para, efetivamente, nós", disse Berger.

"Acho que provavelmente todos estão conscientes de que este período, entre 1,8 milhão a 2 milhões de anos atrás, é um dos mais mal representados em toda a história fóssil dos hominídeos. Estamos falando de um registro muito pequeno, um fragmento."

Sepultamento rápido

Muitos cientistas veem os australopitecos como ancestrais diretos do Homo, mas a localização exata do A. sediba na árvore genealógica humana vem causando polêmica. Alguns acreditam que os fósseis podem ter sido da espécie Homo.

O que se sabe é que as criaturas de Malapa viveram às vésperas do domínio da espécie Homo. Inclusive, alguns esqueletos encontrados na África Oriental atribuídas a espécies de Homo seriam até um pouco mais antigos que as novas descobertas.

Mas o A. sediba apresenta uma mistura de detalhes e características como dentes pequenos, nariz proeminente, pélvis muito avançada e pernas longas semelhantes às que temos atualmente.

No entanto, a espécie tinha braços muito longos e um crânio pequeno que lembra o das espécies Australopithecus, muito mais antigas, à qual Berger e seus colegas associaram a descoberta.

Os ossos foram encontrados a cerca de um metro uns dos outros, o que indicaria que eles morreram na mesma época ou pouco tempo depois do outro.

Os especialistas dizem que os fósseis podem até ser de mãe e filho e que é razoável presumir que pertenciam ao mesmo bando.

Não se sabe se eles moravam no complexo de cavernas em Malapa ou se acabaram presos por ali, depois que ter sido arrastados para um lago ou piscina subterrâneos, talvez durante uma tempestade.

Os ossos dos dois espécimes foram depositados perto de outros animais mortos, entre eles um tigre dente-de-sabre, um antílope, ratos e coelhos. O fato de nenhum dos corpos ter sinais de ter sido comido por outros animais indica que morreram e foram sepultados repentinamente.

"Achamos que deve ter havido algum tipo de calamidade na época que tenha reunido todos esses fósseis na caverna, onde ficaram presos e, finalmente, sepultados", afirmou o professor Paul Dirks, da universidade James Cook, na Austrália.

Todos os ossos ficaram preservados em sedimentos clásticos calcificados que se formam no fundo de poças d'água.


quarta-feira, 7 de abril de 2010

Inclusão pela música


Hoje em dia se fala muito em inclusão das pessoas com necessidades especiais, veja nesse vídeo o que a arte é capaz de fazer, principalmente a música, esta por sua vez parece que não tem fronteiras e nem limites para sua contemplação. Veja o que ela é capaz de fazer e aproveite a beleza de canção.

Projeto é esperança para salvar ruínas da Babilônia da água

Projeto é esperança para salvar ruínas da Babilônia da água

Por John Noble Wildford
The New York Times
  • Imagem de 20.06.2009 mostra danos estruturais que  ameaçam ruínas da Babilônia, no Iraque

    Imagem de 20.06.2009 mostra danos estruturais que ameaçam ruínas da Babilônia, no Iraque

A ameaça mais imediata à preservação das ruínas da Babilônia, o local de uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, é a água que inunda o chão e destrói o que restou de uma grande cidade da época do Rei Nabucodonosor II, onde hoje é o Iraque.

Essa também é uma das ameaças mais antigas. O próprio rei enfrentou problemas de água há 2.600 anos. A negligência, reconstruções sem cuidado e pilhagem em tempos de guerra também causaram problemas em épocas mais recentes, mas arqueólogos e especialistas em preservação de relíquias culturais dizem que nada substancial deve ser feito para corrigir isso até que o problema da água esteja sob controle.

Um estudo atual, conhecido como projeto Futuro da Babilônia, documenta os danos causados pela água, especialmente associados ao rio Eufrates e ao sistema de irrigação ali perto. O solo está saturado logo abaixo da superfície em locais do Portão de Ishtar e os Jardins Suspensos, há muito extintos, uma das sete maravilhas. Tijolos estão se esfarelando, templos estão em colapso. A Torre de Babel, reduzida a pedregulhos, está cercada de água estancada.